Todo mundo tem o mesmo sonho clichê de um dia chegar lá, inclusive eu, mas onde diabo fica esse lá? O que determina esse alvo, o “Lá”, é um fator variante peculiar de quem quer alcançá-lo. Para alguns “Lá” é um salário de três, quatro, cinco... Dez mil. Simples assim, mas o meu “Lá” não é tão perto, na verdade não seria vendido nem por centenas de milhares, mas um dia eu chego lá. É parecido com vencer na vida. Vencer na vida é comprar um carro do ano todo ano, uma casa em um bairro nobre e outra na praia, montar um bom guarda roupa, ir a reuniões sociais importantes, comprar amigos submissos e tudo regado a wiskey com gelo de água de côco? Eu quero um pouco mais que isso... Meus padrões são elevados demais pra essa sociedade idiota, desculpem-me a falta de modéstia, mas é a mais pura verdade. O que quero na verdade é tão pequeno e tão raro quanto um diamante azul, não quero glória, pois quem busca somente a glória não a merece (né Mário Quintana?) prosperidade também é muito relativo (eu só quero se for a do dicionário de latim “prosperitas – prosperidade; felicidade).
Acho que a algum tempo as pessoas não precisavam de tanta coisa ao seu redor para serem felizes, talvez porque seus corações fossem menos vazios...
Mas o que me fere os olhos ao observar é que as pessoas querem chegar “Lá” como se estivessem numa corrida de demolição e não olham para os lados. Pouco me importa o sonho da tua vida somente não atropele ninguém para consegui-lo. A vida não é uma competição!
Mas... enquanto eu não chego lá eu fico por aqui no meu observatório contemplando a imensidão.